O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo (B3) terminou o mês de junho com queda de 11,50% — a maior queda mensal desde março de 2020. O recuo superou o resultado de abril deste ano, quando o índice acumulou queda de 10,1%.
A divulgação de indicadores mais positivos do emprego não foram suficientes para segurar as quedas no pregão desta quinta-feira (30/6). Com o Ibovespa acompanhando as bolsas externas, o índice encerrou o dia com recuo de 1,08%.
Com o resultado, o índice termina os primeiros seis meses do ano com queda de 5,99%, saindo de 104.763 pontos no primeiro pregão de 2022 para 98.541 pontos atualmente.
Além disso, o Banco Central admitiu que a inflação deve estourar o teto da meta pelo segundo ano seguido em 2022. A autoridade monetária também projetou que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 1,7% em 2022, contra previsão anterior de 1% que constava no relatório de março.
Com a proximidade das eleições e incertezas acerca da economia global, os analistas não têm expectativas de arrefecimento no cenário. "Os indicadores econômicos positivos não apagaram ainda todo o sentimento negativo atrelado ao risco de uma recessão cada vez mais próxima. E isso não só no Brasil, mas também na Europa e nos Estados Unidos”, afirmou o head de renda variável da W1 Capital, Caio Tonet.