O pedido de demissão do agora ex-presidente da Petrobras José Mauro Coelho e consequente crise política que se abateu sobre a companhia abriu brecha para que o Ministério de Minas e Energia encaminhasse o pedido de substituição de membros do Conselho de Administração da estatal, nesta quarta-feira (22/6).
"Esclarece-se que foram apenas retirados os nomes dos candidatos representantes dos acionistas minoritários, permanecendo as demais indicações propostas anteriormente pelo acionista controlador", diz o MME por meio da nota.
A lista, formada por sete homens e uma mulher, será analisada e passará por aprovação dos acionistas na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), agendada para esta sexta-feira (24), quando também será analisada a indicação do candidato a presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, o primeiro nome da lista.
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O diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Gileno Gurjão Barreto, é um dos indicados. O órgão é vinculado ao Ministério da Economia. Ricardo Soriano de Alencar, que hoje é o Procurador-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), vinculado ao ministro Paulo Guedes, também é um indicado.
Na lista constam ainda Jônathas Assunção Salvador Nery De Castro, secretário-executivo da Casa Civil de Jair Bolsonaro; Iêda Cagni, que coordena a Secretaria-Geral de Administração da Advocacia-Geral da União (AGU); e Edison Garcia, CEO da Companhia Energética de Brasília (CEB).
Márcio Weber e Ruy Flaks Schneider já integram a estatal desde o ano passado e deverão passar por ratificação.
Ao longo da semana, a Petrobras foi motivo de debates na Câmara dos Deputados e também pelo Executivo, onde são contestados os preços dos combustíveis. Entre as medidas analisas estão a instalação de uma CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados e uma medida provisória (MP) para modificar a Lei das Estatais.