Após se firmar em uma sequência de altas na semana, o dólar comercial recuou 2,11%, e fechou a R$ 5,026 na compra e na venda. O mercado acompanhou a movimentação do exterior com os anúncios da nova taxa de juros americana. O Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, subiu os juros do país para faixa de 1,5% a 1,75% — uma alta de 0,75 pontos percentuais.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, interrompeu a sequência de oito quedas e fechou em alta de 0,73%, a 102.807 pontos. A variação positiva foi puxada pelos índices americanos. O índice Dow Jones, um dos principais indicadores financeiros do mercado de ações norte-americano fechou em alta de 1%, aos 30.668,53 pontos. O S&P 500 teve variação alta de 1,46%, terminando aos 3.789,99 pontos, enquanto o Nasdaq saltou 2,50%, aos 11.099,16 pontos.
Segundo o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, o alívio visto nas bolsas e no dólar, contra as outras moedas, está ligado à fala do presidente do Fed, Jerome Powell. “Ele disse em entrevista coletiva que há chance de que os juros voltem para 0.5 ponto percentual, que ele não quer tornar 0.75 um patamar comum de alta, sinalizando que será algo algo excepcional”, disse.
A fala diminuiu incertezas no mercado, mostrando um sinal de que a política monetária americana se compromete em derrubar a inflação sem prejudicar a economia.
Selic
O pregão encerrou antes do anúncio sobre o reajuste da taxa básica de juros brasileira (Selic). Com a tendência de alta de juros no mundo inteiro, na tentativa de conter a inflação, a projeção precificada pelo mercado era de que o índice sofresse uma alta de meio ponto percentual, passando de 12,75% para 13,25% ao ano.