O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, comemorou o recorde de crédito agrícola atingido recentemente pelo banco estatal. Foram emprestados, apenas em maio de 2022, R$ 6,1 bilhões ao agronegócio brasileiro, superando todos os valores antes destinados ao crédito rural.
"Existem mais R$ 12 bilhões na esteira para empréstimo. Em junho, devemos bater o recorde de maio, e a nossa expectativa é realizar, no segundo semestre, operações desse tamanho ao menos uma por mês”, declarou o presidente em entrevista ao CB.Agro, parceria entre o Correio e a TV Brasília.
Guimarães também falou sobre o crédito de médio prazo para o pequeno produtor beneficiário do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que não era feito antes. "Até um ano atrás, a Caixa não focava nos pequenos produtores e repassava [os valores] para bancos de cooperativas. A partir de julho, não vamos repassar nenhum real. Vamos emprestar para pelo menos 50 mil pequenos produtores.
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Microcrédito
O presidente da Caixa também comentou sobre os beneficiários do microcrédito agrícola. “São justamente essas pessoas que acabaram de receber o título da terra. No total, já temos mais de três milhões de pessoas que receberam o microcrédito em três meses. Já somos a maior operação de microcrédito”, afirmou. “Sabemos que temos esse público e que ele é o mais sensível de todos, porque não tem financiamento hoje. É onde queremos atingir”, completou.
"Questão do agro e questão social"
O executivo afirmou que o aplicativo Caixa Tem tem funcionado muito bem para as demandas que recaem sobre a Caixa — citou, como exemplo, os saques para auxílio emergencial e a compra de ações da Eletrobras por meio do FGTS. Mas ele lembrou que as mudanças adotadas exigem a inauguração de agências físicas do banco estatal, em razão das disparidades sociais no Brasil. “São 100 agências agro, ao redor de 300 no total. Acabamos de abrir cinco em três dias, em quatro estados, na semana passada, e vamos abrir pelo menos mais duas por agora. É sempre com esse equilíbrio: questão do agro e questão social”, explicou.
O presidente aproveitou para reforçar o papel social que, segundo ele, é próprio da Caixa: “Eu não acredito em uma estatal que maximize lucro pelo seu papel de monopólio sem pensar na parte social. O banco tem que ter lucro, senão não tem capital, mas precisa ser um lucro que converse com o papel social de um banco de todos os brasileiros”.
Confira a entrevista na íntegra:
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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