Mantendo o tom de crítica ao atual governo, o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cria a "narrativa mentirosa de que a Petrobras é o problema" para não modificar a política de paridade de preços da companhia. Nesta segunda-feira (20/6), a estatal sofreu nova mudança na presidência.
“A ameaça de CPI da Petrobras é mais uma pauta bomba de Bolsonaro (e Arthur) Lira, direcionada à empresa, com objetivo definido: criar narrativa mentirosa de que a Petrobrás é o problema. Trocas sucessivas de presidente e diretoria da Petrobras fazem parte da mesma estratégia em busca de destruição da imagem da empresa”, destaca Bacelar.
Para os petroleiros, o presidente é responsável pela manutenção dos preços, definidos pela política de paridade internacional (PPI) que a Petrobras adotou ainda em 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). "Em desespero político eleitoral, Bolsonaro insiste em culpar a Petrobras pela escalada de preços dos combustíveis e, consequentemente, pela inflação galopante. Bolsonaro é o único culpado pelos reajustes abusivos, ao manter intocável a política de preço de paridade de importação", avalia.
Para eles, o problema é que a Petrobras abandonou a função social da empresa, focando no lucro. "O problema é a gestão da Petrobras no governo Bolsonaro, quando a companhia deixou de ter função social para se render aos interesses exclusivos do mercado e dos acionistas, voltados para geração de lucros e dividendos recordes, garantidos pelo PPI (política de preço de paridade de importação)”, finaliza Bacelar.
Histórico
O presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Márcio Weber, nomeou como presidente interino da companhia o diretor executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges, após a renúncia do presidente José Mauro Ferreira Coelho, na manhã desta segunda-feira (20/6).
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