Caminhoneiro ameaça parar

Michelle Portela
postado em 18/06/2022 00:01

Caminhoneiros reagiram com ameaça de paralisação após o anúncio de nova alta no preço do diesel anunciado ontem pela Petrobras. Um dos mais conhecidos líderes da categoria, Wallace Landim, o Chorão, disse que "a greve é a mais provável" reação contra a política de paridade de preços praticada pela estatal.

Chorão foi um dos responsáveis pela paralisação dos caminhoneiros em 2018, com forte mobilização no Centro-Oeste e no Sudeste. "Mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é a mais provável", disse ele, em nota.

Presidente da Frente Nacional em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, o deputado Nereu Crispim (PSD-RS), disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) busca dissimular as decisões políticas no contexto da Petrobras. "Ele continua querendo tirar a responsabilidade dos seus ombros. Isso é uma mentira deslavada, já que a solução está na sua caneta", afirmou.

O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, afirmou que o presidente quer iludir a população com postagem críticas ao aumento. "Ele fala como se o governo não pudesse fazer nada", comentou. "Só os que idolatram o presidente podem defender o indefensável. Faltam palavras para definir quem tem uma prática completamente separada do discurso."

Para Gilson Chequeto, CEO da Lincros, uma das maiores startups do setor de logística do Brasil, os aumentos vão ser repassado ao consumidor. "Alguns dos nossos clientes chegam a transacionar R$ 20 milhões em frete por mês. Não se sabe até quando os transportadores conseguirão segurar os custos", comentou.

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