Com uma onda global de aversão ao risco devido a receios sobre a inflação, recessão e alta agressiva dos juros mundo afora, o dólar avançou pelo sétimo pregão seguido e renovou a máxima em um mês nesta terça-feira (14/6). A moeda norte-americana teve alta de 0,43%, encerrando o dia cotada a R$ 5,1341, maior patamar para encerramento desde o dia 12 de maio.
Às vésperas da Super Quarta, com decisões sobre as taxas de juros no Brasil e Estados Unidos, os investidores evitaram tomar grandes posições. O Ibovespa também perdeu força acompanhando os mercados externos, fechando em queda de 0,52%, aos 102.063,25 pontos.
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Segundo o economista da CM Capital, Matheus Pizzani, os ativos da Bolsa brasileira também se deterioraram frente ao fortalecimento do dólar com a perspectiva de aumento de juros nesta semana. “A valorização da moeda norte-americana acabou puxando consigo o preço do petróleo, fazendo com que as ações da Petrobras desacelerassem e impactassem negativamente o desemprenho do Ibovespa”, avaliou.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, um dos principais indicadores financeiros do mercado de ações norte-americano fechou com queda de 0,49%, aos 30.365,95 pontos. O S&P 500 teve variação negativa de 0,37%, terminando aos 3.735,88 pontos, enquanto a Nasdaq registrou alta acentuada de 0,18%, aos 10.828,35 pontos.
Super Quarta
A quarta-feira (15) será ainda mais decisiva para os mercados, com decisões da política monetária nos EUA e no Brasil. A edição mais recente do Relatório do Mercado Focus, documento divulgado pelo Banco Central (BC) que reúne as mais importantes informações referentes a expectativas em relação à nossa economia, apontou que a Selic deverá ter alta de meio ponto percentual, passando de 12,75% para 13,25% ao ano. Os analistas de mercado esperam que a taxa permaneça nesse nível até o fim do ano.
A expectativa também é de que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, acelere a alta dos juros, de 0,50 ponto para 0,75 ponto. Com isso, o juro básico, dos chamados Fed Funds, passaria do intervalo entre 0,75% a 1,00% para 1,50% a 1,75%. Os analistas trabalham também com a possibilidade de juros acima do esperado.
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