O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos para o mês de maio foi divulgado na manhã desta sexta-feira (10/6), com uma alta de 1% em relação ao mês anterior. Na inflação acumulada em todo o ano de 2022, o índice de 8,6% é o pior desde dezembro de 1981, durante o início do governo de Ronald Reagan, quando o acumulado foi de 8,9%.
A expectativa para os especialistas da bolsa norte-americana de Dow Jones era que o CPI avançasse em 0,7%, o que já representaria um forte aumento em comparação com abril, que registrou 0,3%.
O aumento é causado, na visão de especialistas, principalmente pela elevação do preço global dos combustíveis - em meio à guerra da Rússia com a Ucrânia -, que ocasiona uma forte alta também no custo de alimentos, aluguéis, saúde, entre outros.
O preço médio do galão de combustível (3,7 litros) nos EUA está próximo de alcançar os US$ 5 (R$ 25, no valor de câmbio atual), o que seria o maior patamar da história.
Impactos no Brasil
Com o aumento da inflação nos Estados Unidos, especialistas alertam que podem haver impactos significativos no Brasil. A expectativa é que o Federal Reserve (Banco Central Americano) continue aumentando a taxa de juros, o que poderia fazer com que investidores retirassem seu dinheiro de países emergentes, como o Brasil, e investissem nos país norte-americano.
O economista Felipe Queiroz cita o problema da instabilidade política do Brasil para explicar que a preferência do investidor é aplicar seu capital em países mais estáveis política e economicamente, como no caso dos Estados Unidos.
“Quando os agentes econômicos não têm certeza de que as regras do jogo serão mantidas, então, eles têm uma tendência a não aplicar os seus recursos nesse determinado país’, explica Queiroz.
Na semana que vem, haverá uma nova reunião do Copom para decidir a nova taxa de juros Selic. A expectativa é de um aumento de 0,5%, o que faz com que a taxa alcance 13,25%
*Estagiário sob a supervisão de Vinicius Nader
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