O Banco Mundial revisou levemente para cima a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022, a 1,5%, de acordo com o relatório "Prospectos Econômicos Globais", divulgado nesta terça-feira, 7. Na edição de janeiro do mesmo documento, a instituição havia projetado que a maior economia da América Latina cresceria 1,4% este ano.
A entidade, por outro lado, cortou drasticamente a estimativa para a expansão econômica do Brasil em 2023, de 2,7% a 0,8%. Para 2024, a expectativa é por um avanço de 2%.
Segundo a análise, após um começo de ano "sólido", o País deve registrar enfraquecimento das condições, à medida que a inflação elevada pressiona a renda das famílias. A estagnação de investimentos de empresas e incertezas políticas também são citadas como responsáveis pelo cenário.
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O documento ressalta que programas extraordinários para permitir o saque de fundos de seguro contra desemprego trarão alívio às famílias, mas podem impulsionar a inflação. "Em 2023, o impulso fraco e os efeitos em curso da política monetária apertada nos investimentos e na atividade devem limitar o crescimento", avalia.
Emergentes afetados por guerra na Ucrânia
O Banco Mundial ressalta que a invasão da Ucrânia pela Rússia pesa sobre a atividade em grande parte dos países emergentes. A instituição diminuiu a previsão para crescimento dessas economias em 2022, de 4,6% a 3,4%, e em 2023, de 4,4% a 4,2%.
Projeta ainda que o avanço em 2024 será de 4,4%.
China
Para a China, a entidade reduziu a projeção para crescimento este ano em 0,8 porcentual, a 4,3%, e em de 2023, de 5,3% a 5,2%, com leve desaceleração esperada para 2024, a 5,1%. O país asiático enfrenta desaceleração induzida por surtos de covid-19, que levam à imposição de restrições em várias cidades.
Segundo o Banco, as medidas de política fiscal e monetário do governo devem promover apoio maior que o esperado anteriormente.
"Repetidos surtos de covid-19 e rigorosos lockdowns nas principais cidades reduziriam a recuperação da atividade de consumo e serviços, prejudicaria as cadeias de suprimento e pesaria sobre a confiança de investidores", ressalta o documento, acrescentando que o mercado imobiliário residencial chinês segue em "estresse financeiro".
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