A semana começou com um pequeno alívio para os motoristas: o preço dos combustíveis caiu em vários pontos do Distrito Federal, e a tendência deve durar pelos próximos 15 dias. De acordo com o Sindicombustíveis-DF (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes), o motivo é a baixa demanda somada à grande quantidade de produtos nos estoques, que levam os revendedores a aproximarem o valor passado ao consumidor ao preço de custo.
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a média da gasolina no país, atualmente, é R$ 7,25 por litro, e a do diesel, de R$ 6,91, o que representa uma queda de 0,3% em relação à semana passada.
Em Brasília, na Asa Norte, o litro da gasolina é encontrado a R$ 7,29, e o de etanol, a R$ 6,39. No setor de garagens, os preços são de R$ 7,18 e R$ 5,69, respectivamente. Em Ceilândia, é possível abastecer com gasolina a R$ 6,99. Até 25 de maio, segundo a ANP, a média no DF era de R$ 7,70.
De acordo com o presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, nos últimos dois meses, o consumo vem caindo em razão dos valores altos, tanto no caso do diesel e da gasolina quanto do etanol, o que incentiva uma disputa pela clientela. "E isso tem acontecido em quase todo o Brasil. Os postos de combustíveis têm muitos compromissos a cumprir, muito estoque, e aí começam a fazer promoções, como aconteceu ano passado durante vários meses", apontou Tavares.
Os preços devem permanecer no patamar um pouco mais baixo por cerca de 15 dias, ou mesmo um mês. "Enquanto tiverem os estoques e, obviamente, enquanto os revendedores conseguirem trabalhar no negativo para cumprirem seus compromissos financeiros", detalhou o líder do sindicato.
Para o educador físico Marcelo Coelho, 42, os R$ 7,17 pagos no litro da gasolina em um posto no Sudoeste foram um achado. "A gente só vê as coisas aumentando, então qualquer desconto tenta aproveitar. Agora, eu vi que estava super barato em comparação aos outros (postos) e decidi abastecer aqui. Faz bastante diferença no meu orçamento."
Em um estabelecimento próximo, o médico Rodrigo Lanna, 37, também abasteceu a R$ 7,17, e acredita que a queda, na verdade, foi "discreta". Mesmo assim, a redução impacta no orçamento mensal. "Qualquer valor que caia, ainda mais aqui em Brasília, onde as distâncias são grandes, no final do mês faz um pouquinho de diferença. Não teve como mudar o consumo, porque minha rotina acaba exigindo que eu me desloque bastante de carro", explicou.
*Estagiária sob a supervisão de Odail Figueiredo
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