Em aceno as categorias de segurança pública, o presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou a convocação de 1.200 aprovados em concursos da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Serão 625 vagas para cada uma das corporações.
A autorização foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (26/5), mas Bolsonaro já havia sinalizado, ainda ontem, ao lado do ministro da Justiça, Anderson Torres, que faria a liberação para as contratações.
As vagas a serem preenchidas correspondem a 53 delegados, 382 agentes, 172 escrivães e 18 papiloscopistas, tanto para a PF quanto para a PRF. "A autorização decorre do fato de que o efetivo da Polícia Federal se encontra em estado crítico, de modo que sua recomposição se mostra urgente e necessária", justificou o presidente.
Ainda segundo a publicação, as vagas originalmente previstas se demonstraram "insuficientes para mitigar o risco iminente à capacidade investigativa e operacional da Polícia Federal".
Serviço público
Bolsonaro enfrenta uma queda de braço com o funcionalismo público desde que sinalizou que apenas os servidores da segurança pública receberiam reajuste salarial. No final do ano passado, ele havia reservado R$ 1,7 bilhão do Orçamento Federal para realizar a estruturação das carreiras bem como a recomposição salarial.
Com o anúncio, o restante do serviço público resolveu entrar na briga e Bolsonaro revisou os números para conceder o reajuste a todo o funcionalismo. Contudo, a exigência é de que a recomposição acompanhe a inflação, que passa de dois dígitos. Mas o governo já sinalizou que será de 5% e linear.
Ainda há a expectativa de que as carreiras de segurança pública recebam um reajuste maior que os demais. Para a PRF, vem sendo ventilado um valor entre 17% e 20%.