O empresário Elon Musk, proprietário da Space X e dos satélites que podem levar internet às áreas remotas na Amazônia, pode se tornar o primeiro trilionário da história em 2024. Isso porque a expectativa é de que seus dois principais empreendimentos, Tesla e SpaceX, continuem se valorizando no mercado. O bilionário se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (20/5), no interior de São Paulo. Ele veio ao Brasil a convite do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP).
Ambas empresas de Musk trabalham com setores estratégicos para o futuro da economia global. Instalada na China, a Tesla se consolidou como a principal referência no setor de carros elétricos e lidera a ideia da transição mundial para o uso de energias sustentáveis no transporte rodoviário. No mercado, o valor da empresa já supera o de todas as montadoras de veículos do mundo.
Já a SpaceX, que no início do ano completou 20 anos de fundação, vive o que pode ser considerada a sua fase de ouro, batendo recordes de viagens ao espaço e se tornado responsável pela maior parte dos lançamentos de foguetes nos EUA.
Saiba Mais
Início
Musk nasceu em Pretória, na África do Sul, em 1971, filho do engenheiro e empresário Errol Musk e da modelo e nutricionista Maye Musk. Na infância, Elon Musk aprendeu programação sozinho e, com 12 anos, desenvolveu o seu próprio game para computador, o Balstar, vendido a uma revista especializada por US$ 500. Aos 17, Musk mudou-se para o Canadá e depois para os Estados Unidos, onde concluiu a graduação em física e economia na Universidade da Pensilvânia, na cidade da Filadélfia.
Já no Vale do Silício, em 1995, ao lado do irmão Kinbal Musk, Elon criou um software chamado Zip2, que consistia em uma espécie de plataforma para reunir informações sobre empresas no ambiente digital e conectá-las aos consumidores. Considerada inovadora para a época, a Zip2 atraiu o interesse de investidores maiores e, em 1999, foi vendida por US$ 307 milhões, dos quais US$ 22 milhões ficaram com o empresário.
Com os ganhos obtidos a partir da venda da Zip2, Musk investiu no negócio que mudaria o patamar de sua carreira: a criação do sistema de pagamentos on-line X.com. Pouco tempo depois, a X.com se uniu ao banco on-line Confinty, fusão que deu origem ao PayPal, ainda hoje uma gigante do setor de pagamentos on-line. Ele ganhou US$ 165 milhões com a venda do PayPal para o eBay, em outubro de 2002.
Com os recursos, fundou a Space Exploration Technologies, a SpaceX, seu sonho de infância. Dois anos depois, em 2004, Musk investiu pouco mais de US$ 7 milhões na recém-criada Tesla, fundada pelos engenheiros Martin Eberhard e Marc Tarpenning.
Desde então, Musk sempre esteve envolvido com a companhia, até se tornar CEO em 2008. Em 2010, a empresa abriu capital na Bolsa de Valores e, em 2012, com o sucesso do empreendimento, Musk apareceu pela primeira vez na lista de bilionários da Forbes.
Nos últimos 10 anos, Musk encarregou-se não apenas de administrar seus negócios, mas também de fazer novas apostas. Além da Tesla e da SpaceX, fazem parte do império de Elon Musk hoje a SolarCity, ligada à geração de energia solar, a NeuraLink, que desenvolve chips cerebrais, e a The Boring Company, empresa de infraestrutura dedicada à escavação de túneis para trens de alta velocidade.
Todas elas podem se juntar ao Twitter na lista de propriedades do homem mais rico do mundo, posição que ocupa desde setembro de 2021, quando ultrapassou Jeff Bezos, fundador da Amazon. A compra da rede social está em suspensão, conforme anunciou o próprio Musk devido a problemas no contrato.
Excêntrico, Musk investe em criptomoedas, como Bitcoin, Ether e Dogecoin. Em outra oportunidade, quando interagia com um usuário no Twitter, Musk ressaltou que, embora invista nos ativos digitais, não é correto “apostar tudo em criptomoedas”. “O verdadeiro valor está em construir produtos e fornecer serviços aos seus semelhantes, e não fazer dinheiro de qualquer forma”, acrescentou.
Com informações do Estadão.
Saiba Mais
em US$ 218 bilhões