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Empresas que abriram capital se decepcionam com preço das ações

Entre 2020 e 2021, o mercado de capitais brasileiro viveu em êxtase. No período, foram realizados 73 IPOs (sigla em inglês para Oferta Pública Inicial), o melhor desempenho em 15 anos e o que parecia ser o início de uma nova era de investimentos no país. No Brasil, contudo, entusiasmos desse tipo costumam durar pouco. Um levantamento realizado pela consultoria Economatica mostrou que, das 73 aberturas de capital, 57 resultaram em ações desvalorizadas desde a estreia na Bolsa. Ou seja, a maioria das novas empresas listadas viu seu valor de mercado encolher. O pior desempenho foi da loja de móveis e decoração Mobly — seus papéis caíram 86% desde o IPO (de fevereiro de 2021 até maio de 2022). O que explica o movimento? O cenário de juros altos e a economia emperrada frearam o ímpeto dos investidores. Não à toa, desde janeiro, 22 empresas desistiram de fazer o IPO e, agora, há o risco real de a Bolsa de Valores de São Paulo encerrar 2022 sem novas aberturas de capital.

Estudo diz que aumento da tributação de bebidas adoçadas afetaria o PIB

O possível aumento da tributação de bebidas adoçadas, conforme previsto pelo PL nº 2.183/2019, deverá provocar intensos debates. Um estudo feito pelo economista da FGV Márcio Holland e pelo professor de Direito da USP José Maria Arruda de Andrade concluiu que um eventual acréscimo de 10% poderia eliminar 7,7 mil postos de trabalho e R$ 649,9 milhões do PIB. Em caso extremo de aumento da tributação em 50%, 38 mil postos de trabalho seriam fechados e a economia encolheria em R$ 3,3 bilhões.

CVC aposta na digitalização
das lojas

A CVC, maior empresa de turismo do Brasil, lançou recentemente um novo formato de loja. Além do layout novo, as unidades são marcadas pela digitalização. Entre as inovações, foram implementados códigos QR Code nas vitrines e nas portas dos estabelecimentos. Para acessar as ofertas, basta o cliente aproximar o celular do código. As vitrines também deixaram de ser estáticas e passaram a ser eletrônicas. Agora, contam com telas que exibem os roteiros e passeios trabalhados pela empresa.

Com a guerra, Google vai à falência na Rússia

A guerra na Ucrânia fez o Google experimentar uma situação inédita em seus 23 anos de história: a falência. Com o conflito, o governo de Vladimir Putin confiscou as contas bancárias da empresa, o que acabou tornando insustentável a sua operação na Rússia. Sem dinheiro para pagar salários de funcionários e honrar compromissos com fornecedores, não houve outra saída a não ser declarar situação de insolvência. Ainda assim, os sites e redes sociais do Google não deixaram de funcionar no país.

Inflação, juros e inadimplência do consumidor nas alturas formam um combo desalentador para a economia brasileira — e que pode piorar sem correção de rota. O alerta é de pesquisa exclusiva feita pela Corporate Consulting, especializada em turnaround e reestruturação de empresas, com 230 companhias que faturam entre R$ 60 milhões e R$ 400 milhões.

Para 52% dos pesquisados, o faturamento caiu à metade em relação a 2019, enquanto o endividamento aumentou 37%. "Margens insuficientes para manter a atividade, passivos que comprometem o capital de giro e estoques em queda são preocupações apontadas pelos empresários", diz Luis Alberto de Paiva, sócio e CEO da Corporate Consulting.

A Netflix demitiu 150 funcionários nos Estados Unidos — 2% do quadro de funcionários — após perder 200 mil assinantes no primeiro trimestre de 2022. A empresa lançou recentemente um plano de cortes de custos e está em busca de novas fontes de receitas. Neste caso, uma das ideias é incluir atrações ao vivo em seu cardápio.

As empresas de streaming deixaram de considerar a publicidade nas plataformas um tabu. Hulu, Warner Bros, HBO Max, Paramount , entre outras, já oferecem assinaturas com preços mais baixos, que incluem anúncios na programação. Netflix e Disney deverão aderir ao novo formato até o fim do ano.