O Banco do Brasil (BB) bateu recorde e registrou no primeiro semestre de 2022 um lucro líquido ajustado de R$ 6,6 bilhões. A cifra representa um crescimento de 34,6% em comparação ao mesmo período do ano passado e e 11,5% maior que o 4° trimestre de 2021. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) — que mede como o banco remunera o capital de seus acionistas — do trimestre anualizado alcançou 17,6%.
O resultado do período é explicado pelo crescimento do crédito, com performance positiva em todos os segmentos, pelo crescimento da margem financeira bruta e pelo bom desempenho das receitas de prestação de serviços. Segundo o BB, as receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 7,5 bilhões no trimestre, crescimento de 9,4% em relação ao 1T21. Influenciado pelo desempenho comercial nos segmentos de administração de fundos com 16,7%, de seguros, previdência e capitalização com 15,2%, de consórcios com 41,8% e nas operações de crédito com 28,3%.
Já a margem financeira bruta cresceu 5,6% no ano, mesmo com o impacto da elevação da taxa Selic sobre os custos de captação no trimestre, refletindo o bom desempenho da carteira de crédito e o forte resultado da tesouraria. E as despesas com provisões de crédito apresentaram redução de 27,2% em relação ao trimestre anterior.
Segundo Fausto Ribeiro, presidente do BB, o lucro recorde pelo 5° trimestre consecutivo demonstra nosso compromisso com a originação de negócios robustos, controle de custos, proximidade com nossos clientes, aceleração da nossa transformação digital e geração de impactos sociais e ambientais positivos para toda sociedade. "Nosso objetivo continua sendo entregar resultados consistentes, adicionando valor a nossos acionistas".
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Carteira de Crédito
A Carteira de Crédito Ampliada atingiu R$ 883,5 bilhões em março/22, com evolução de 16,4% na comparação com março de 2021 e 1,0% na comparação com dezembro de 2021, resultado da proximidade com os clientes e do atendimento especializado e de qualidade em todos os segmentos. A carteira Pessoa Física cresceu 14,9% frente a março/21, destaque para a performance positiva do crédito consignado com 12,1%, do cartão de crédito com 54,1% e do empréstimo pessoal com 33,0%. No trimestre, a carteira cresceu 1,2%.
Segundo o Banco, o agronegócio segue apresentando performance positiva, alinhado ao crescimento do setor, e refletindo o apoio do BB ao segmento. Em março/22, a carteira atingiu R$ 255 bilhões, crescimento de 28,2% na comparação com março/21, com destaque para o custeio agropecuário (+47,8%) e para as linhas de investimento agropecuário, (+68,7%). Vale ressaltar o crescimento de 153,9% em títulos do agronegócio, Cédula de Produtor Rural (CPR) e Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA). No trimestre, a carteira cresceu 2,6%.
Ribeiro apontou que a maior carteira agro do Brasil totalizou R$ 254,6 bilhões, corroborando a vocação do maior parceiro do agronegócio brasileiro em apoiar toda a cadeia produtiva geradora de 27,4% do PIB do nosso País. "Atendemos o agro de forma ampla e completa, liberando recursos ao fomento da produção do agricultor familiar, do megaprodutor rural, da agroindústria e das cooperativas, com estrutura especializada para satisfazer todas as necessidades dos nossos clientes do campo", disse.