A quarta-feira (11/5) começou movimentada no Ministério de Minas e Energia (MME). Logo pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou o ministro Bento Albuquerque colocando no lugar o economista Adolfo Sachsida, assessor especial de assuntos estratégicos do ministro da Economia Paulo Guedes.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da minoria no Senado, disse que a demissão de Bento é mais um capítulo da novela "da qual conhecemos o enredo e o desfecho". “Bolsonaro fez um gesto para os caminhoneiros e seu eleitorado na tentativa de demonstrar que está lutando contra as altas nos preços dos combustíveis demitindo primeiro o presidente da Petrobras”, afirmou . “Agora, (trocou) o ministro de Minas e Energia, quando a única solução para o problema é a demissão do próprio presidente da República”, apontou.
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Segundo o senador, Bolsonaro faz uso de manobras para desviar a atenção do brasileiro dos reais problemas do país. “Os preços dos combustíveis vão continuar em disparada até que, a exemplo de outros países, o governo tenha a coragem de estabelecer algum tipo de política de Estado para conter esse fenômeno”, explicou.
“O governo diz que não tem recursos para isso, mas patrocina uma proposta no Congresso que vai significar despesas de R$ 100 bilhões para construir gasodutos que ligam lugar nenhum a coisa nenhuma”, apontou o senador. “Até as eleições, veremos mais manobras pirotécnicas como essa e nenhum efeito positivo para a população, só para agradar a turma dele.”