O governo federal anunciou, ontem, que aumentará de 12,5% até 21,4% o valor do subsídio para famílias de baixa renda financiarem imóveis pelo Programa Casa Verde Amarela. Com isso, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) pretende ampliar o número de moradias entregues pelo programa, após um levantamento que apontou baixa superior a 40% entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro trimestre de 2022.
A medida passará a valer em junho e seguirá até 31 de dezembro deste ano. A meta do governo é chegar a 400 mil financiamentos até o fim do ano. A variação do crédito será analisada de acordo com a região, renda familiar e população do município. "Uma família de São Paulo (SP), com renda mensal média bruta de R$ 1,8 mil, por exemplo, terá o subsídio médio ajustado de R$ 38,1 mil para R$ 42,9 mil. Já para uma família de João Pessoa (PB) com renda mensal média bruta de R$ 1,8 mil, o subsídio médio passará de R$ 29,9 mil para R$ 34 mil", explicou, em nota, o MDR.
O benefício foi concedido após a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, divulgarem levantamento que apontou uma baixa nas entregas do programa em relação ao ano passado. De acordo com o estudo, realizado em 196 cidades, sendo 25 capitais, a redução nos lançamentos foi de 40,4%, o que levou ao recuo de 11,1% na oferta final de imóveis. Foram três fatores os motivos da queda: aumento dos dos custos de materiais de construção; falta de confiança dos empresários para novos lançamentos; e queda do poder aquisitivo das famílias.
Ainda assim, o MDR afirmou que, em 2021, cerca de 350 mil famílias tiveram acesso à casa própria pelo programa, por causa do financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
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