Fórum Econômico Mundial

Economistas em Davos projetam dura inflação na América Latina

A escalada inflacionária é acompanhada de crescimento pífio da economia, analisam especialistas

Deborah Hana Cardoso
postado em 23/05/2022 16:55 / atualizado em 23/05/2022 16:55
 (crédito: FABRICE COFFRINI)
(crédito: FABRICE COFFRINI)

O relatório de economistas-chefes de grandes bancos e empresas internacionais divulgado nesta segunda-feira (23/5), no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, apontou as expectativas para a América Latina, além de projetar menor atividade econômica e maior inflação.

De acordo com o documento, a região tem perspectivas difíceis no que tange à alta inflacionária. Cerca de 41% dos economistas consideram que a inflação na região será muito alta, enquanto a previsão para os Estados Unidos e Europa é de inflação alta para 58% e 75% dos participantes do estudo, respectivamente. Espera-se que o crescimento das economias latino-americanas atinja 2,5% em média, uma revisão para cima de 0,1 ponto percentual, em um cenário de alta inflação.

O relatório é assinado por economistas-chefes de bancos UBS, Deutsch Bank, BBVA, HSBC, ABN Amro, dos bancos brasileiros Bradesco, Itaú e BTG, e de empresas como Nestlé, Unilever, Deloitte.

Subsídios

Cerca de 54% dos principais economistas esperam subsídios para lidar com o aumento nos custos de energia, enquanto 41% esperam subsídios para os preços dos alimentos em países avançados. Já para economias de baixa renda, a maioria (86%) acha que serão necessários subsídios aos preços dos alimentos, enquanto 60% esperam subsídios aos preços da energia.

O Banco Mundial, segundo o relatório, espera alta de preços da energia em mais de 50% do valor em 2022, antes de diminuir em 2023 e 2024.

Há a expectativa também de maior inadimplência da dívida em economias em desenvolvimento.

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