Motivada pela alta no Produto Interno Bruto (PIB) e na inflação, a Instituição Fiscal Independente (IFI) melhorou as projeções nas contas públicas. Com isso, o deficit primário — saldo negativo no Orçamento — pode ficar em R$ 19,2 bilhões em 2022, o equivalente a 0,2% do PIB.
De acordo com o IFI, a arrecadação segue com crescimento “vigoroso”, mas ainda sob forte influência da inflação e de fatores conjunturais, como os preços das commodities, diz a instituição. A receita primária, já descontadas as transferências a estados e municípios, deve ficar em 18% do PIB em 2022. Para a IFI, a tendência nos próximos anos é a de desaceleração, caindo a 16,6% do PIB em 2031.
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Em relação ao PIB, na revisão anterior, previa-se um crescimento de 0,5% em 2022. O novo relatório aumentou a projeção para 1,0%, motivado pela melhora da atividade econômica e pelo efeito positivo das liberações de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) sobre o consumo das famílias no segundo trimestre.
Segundo a IFI, o quadro fiscal é melhor, mas é preciso estarmos atentos aos riscos. “O controle da inflação prejudica a atividade e colocará um freio na arrecadação e na queda da dívida. Os olhos se voltam para a despesa, e a experiência recente nos mostra que o teto de gastos tem sido o elo mais fraco”, pontuam Daniel Veloso Couri, diretor-executivo da IFI, e Vilma da Conceição Pinto, diretora da instituição.
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