Nesta terça-feira (17/5), o dólar sofreu uma queda de 2,14%, chegando a R$ 4,94. A reabertura da economia chinesa e as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) de que os juros não devem subir muito mais deram ânimo aos investidores.
O dólar ampliou a baixa neste final de tarde e fechou perto das mínimas da sessão com a melhora do apetite global ao risco. Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos, explicou que dados positivos dos Estados Unidos e da zona do euro e sinais de alívio da covid na China sustentam o humor.
Após perderem força durante o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, as bolsas norte-americanas voltaram a ganhar fôlego, com máximas na última hora de negócios. “Ao mesmo tempo em que reforçou a ideia de que o Fed vai continuar apertando sua política monetária até ver sinais claros de arrefecimento dos preços, Powell também avaliou que a economia tem condições de passar pelo processo sem tantos choques", explica Chinchila.
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Já Bruno Hora, co-fundador da Invest Smart, analisou que o que vimos ocorrer nos últimos meses foi uma espécie de choque de aversão ao risco global. “Tanto pela alta de juros, inflação e como tudo pelo o que aconteceu na China”, disse. “Agora está voltando ao cenário que ocorreu no 1 trimestre, já que a própria inflação deu algum sinal de enfraquecimento. A China já começou a flexibilizar as restrições de covid e o apetite a risco global está voltando e países que são referências em commodities, (caso do Brasil) aproveitam esse cenário.”
“Tenho visto investidores estrangeiros que estavam pouco avessos ao risco, voltando a olhar para o Brasil e pro mundo e países emergentes ao invés de concentrar seus investimentos nos portos seguros globais como EUA”, comentou Bruno Hora, co-fundador da Invest Smart.
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