O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, Wallace Landim, o Chorão, divulgou nota para se posicionar contra uma possível greve de caminhoneiros, cogitada devido ao aumento de 8,9% do disel pela Petrobras, nesta segunda-feira (16).
"Nossa preocupação com uma eventual paralisação dos caminhoneiros são os impactos na economia do país, tendo em vista que a situação atual é muito diferente da que vivíamos em 2018, quando houve a grande greve. Hoje, a nossa economia está muito mais fragilizada por conta desses mais de dois anos de pandemia. Assim, fazer uma grande paralização nesse momento pode atrapalhar recuperação econômica do Brasil, que ainda é muito tímida. Os caminheiros brasileiros apoiam o bem-estar da sociedade", avalia Chorão.
Landim ressaltou, na nota, que as "angústias" vividas pelo caminhoneiros "são as mesmas de cada cidadão brasileiro que sofre com os impactos da inflação que consome, cada vez mais, grande parte da sua renda". "Como liderança, precisamos ter a sensibilidade e a responsabilidade de entender o frágil momento que vive cada cidadão brasileiro, principalmente os mais frágeis, que estão na base dessa pirâmide social, ou seja, os mais vulneráveis", disse.
Por isso, segue a nota, os caminhoneiros defendem que a situação "requer ações inteligentes para" para evitar prejudicar a sociedade e a classe média, "que são os que mais sofrem com os impactos da alta dos combustíveis e os que mais sofrerão com o desabastecimento dos supermercados e comércio de maneira geral".
Para Landim, os caminhoneiros devem cobrar soluções para os altos preços de instituições governamentais, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), à qual acusam de omissão. "Como Agência Reguladora, está sendo omissa com a sociedade, vez que a função precípua de um órgão regulador é proteger o cidadão de externalidades negativas e condutas oportunistas e criminosas".
Por fim, os caminhoneiros cobram a tramitação do projeto de lei nº 1.205/2022 no Congresso Nacional.
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