A Petrobras avisou o governo de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, que o aumento imediato da produção nacional de petróleo é logicamente inviável. Em março, autoridades americanas perguntaram se a estatal poderia aumentar a produção em função da elevação dos preços causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Funcionários da Petrobras disseram à Reuters que os níveis de produção eram uma função da estratégia de negócios e não da diplomacia dos países. Além disso, que um aumento significativo da produção no curto prazo não seria logisticamente possível.
"Estamos fazendo todo o possível com nossos aliados e parceiros para mitigar os impactos econômicos das ações russas em outras economias como o Brasil", disse um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos ao veículo. "Estamos trabalhando com as empresas de energia para aumentar sua capacidade de fornecer energia ao mercado, principalmente à medida que os preços aumentam", reiterou.
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Resposta
Via comunicado à imprensa, a Petrobras negou que tenha ocorrido qualquer reunião com "representantes do Departamento de Estado dos EUA". A companhia não respondeu se houve qualquer outro tipo de contato com departamentos do governo dos EUA.
O Brasil é o nono maior produtor de petróleo do mundo. Em março, a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, disse que o país estava em corrida de guerra. Já o ministro de Minas e Energia do Brasil, Bento Albuquerque, disse à Reuters em abril ter se reunido com Granholm duas vezes para discutir o papel do país sul-americano em manter os preços globais do petróleo sob controle.
Fontes ouvidas pela agência, no entanto, dizem que a Petrobras está aumentando a produção de médio prazo como parte de um plano anunciado para adicionar 500 mil barris por dia de produção de petróleo até 2026.
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