A divulgação dos resultados das contas externas pelo Banco Central (BC) saiu nesta sexta-feira (29/4), atrasada em mais de um mês em razão da greve de servidores da autarquia. Foi apresentado um deficit no mês de fevereiro de US$ 2,4 bilhões, uma queda de 40% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A balança comercial brasileira, por sua vez, apresentou um saldo positivo de US$ 3,5 bilhões em fevereiro deste ano. As exportações somaram US$ 23,7 bilhões, enquanto as importações registraram US$ 20,2 bilhões.
As transações correntes do setor externo são o conjunto dos serviços adquiridos por brasileiros no exterior e pelas rendas — remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para outros países, entre outros. Todos esses componentes formam a balança comercial.
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A conta de serviços fechou com deficit de US$ 1,8 bilhão em fevereiro, o que foi considerado um resultado negativo, pois representa um aumento de 25,5% sob o mês de janeiro de 2022. As transações correntes acompanharam o comportamento, com deficit de US$ 26,1 bilhões no acumulado de 12 meses. Na representação do Produto Interno Bruto (PIB), isso é o equivalente a 1,59%.
Por outro lado, o Investimento Direto no País (IDP) foi o maior mensal desde janeiro de 2017. Ao todo, somou US$ 11,8 bilhões no segundo mês do ano, o que compensou os déficits das transações e no acumulado de 12 meses, pela avaliação do Banco Central. No acumulado, o IDP bateu US$ 50,7 bilhões, ou seja, 3,09% do PIB.
Nos investimentos diretos no exterior (IDE), em fevereiro, foram aplicados US$ 2,5 bilhões — resultante de US$ 2,7 bilhões em participação no capital e US$ 161 milhões em amortizações líquidas por operações intercompanhia. No fechamento dos últimos doze meses, o IDE totalizou US$19,3 bilhões.