Conjuntura

No Congresso, Campos Neto defende maior autonomia para o Banco Central

Campos Neto disse nesta terça-feira (26/4) que há dificuldades em conduzir o dia a dia do sistema financeiro sem "uma autonomia mais ampla", que inclua questões administrativas e financeiras

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que há dificuldades em conduzir o dia a dia do sistema financeiro sem uma autonomia mais ampla, que inclua questões administrativas e financeiras. A declação ocorreu durante sessão solene no Senado, nesta terça-feira (26/4), em homenagem aos 105 anos de nascimento do economista e diplomata Roberto Campos, avô do presidente do BC.

"Hoje vivemos a realidade de ter autonomia operacional sem ter autonomia administrativa e financeira, e a gente vê a dificuldade que é no dia a dia não ter uma autonomia mais ampla. Embora não tenhamos avançado mais na autonomia financeira, estamos caminhando na direção do modelo idealizado por Roberto Campos [com mais autonomia]", disse Campos Neto.

Apesar de ter obtido autonomia operacional, o BC não é administrativamente e financeiramente independente. Decisões sobre reajustes salariais de servidores, por exemplo, dependem de liberação orçamentária pelo governo federal. Em 1º de abril, funcionários do BC iniciaram uma greve para pressionar o governo a conceder reajustes. Apesar de a greve ter sido suspensa até maio, as paralisações diárias continuam.  

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