FUNCIONALISMO

Servidores do Banco Central suspendem greve até maio

A decisão foi tomada após Assembleia Geral Nacional do Sindicato que representa a categoria

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) afirmou, nesta terça-feira (19/04), que a greve geral dos servidores foi suspensa até maio. Segundo eles, uma vez que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, declarou que a proposta de 5% era oficial, garantiu a implementação de dois pontos da pauta não salarial e se comprometeu a conseguir uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ainda em abril.

Segundo o Sinal, essa reunião vai avançar nas negociações. “Nós demos um voto de confiança ao Campos Neto até 2 de maio de 2022, para batalhar por uma proposta ainda melhor para os analistas e técnicos do BC”, informou. “Nós declaramos que 5% são insuficientes, apresentamos uma contraproposta abrindo mão de que o reajuste de 27% seja no primeiro semestre de 2022, permitindo que a Medida Provisória tenha validade apenas a partir de 1/7/2022”.

O sindicato disse que além disso, estão cobrando novamente o atendimento integral à pauta não salarial. “Aguardamos por um prazo de 2 semanas para que uma resposta ou uma nova proposta seja trazida pelo governo”, observou. “Até lá, daremos uma pausa na greve e estaremos em operação-padrão e em paralisações diárias de 14 às 18h, aguardando um posicionamento oficial do Governo”, disse.

Porém o presidente do Sinal, Fabio Faiad afirmou que se nada for oferecido oficialmente, a greve será retomada automaticamente a partir de 3 de maio de 2022.

Greve

Há uma semana, os servidores se reuniram em assembleia, após o fracasso de nova rodada de negociações com a diretoria da autarquia. Os funcionários do órgão responsável por gerir a política econômica nacional pediram recomposição salarial de 26,3% e reestruturação de carreira.

Pelo menos 80% dos 1,3 mil servidores do Banco Central presentes na assembleia votaram pela continuidade da greve, de um total de 3,5 mil membros da categoria na ativa. Segundo o presidente do Sinal, isso pode prejudicar ainda mais a divulgação de indicadores nacionais medidos pelo BC, como taxas financeiras e o Boletim Focus, de estatísticas de mercado.

“A greve do BC vai continuar por tempo indeterminado, contando com a adesão de mais de 60% dos servidores, pois não houve reunião com Campos Neto, conforme anunciado pela Diretoria de Administração na semana passada”, disse Faiad.

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