A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, advertiu nesta terça-feira para a insegurança alimentar global, em evento virtual sobre o assunto. Em sua fala, a autoridade afirmou que "enfrentamos uma insegurança alimentar global crescente", exacerbada pela invasão militar russa na Ucrânia.
"Mesmo antes da guerra, mais de 800 milhões de pessoas sofriam com insegurança alimentar crônica. Isso é 10% da população global", ressaltou Janet Yellen, lembrando que a má alimentação "tem implicações sérias para o bem-estar econômico e social e a estabilidade política". O conflito, nesse contexto, "tornou uma situação já sombria ainda pior", com choques de preços e na oferta, "acrescentando pressões inflacionárias globais, criando riscos aos balanços externos e minando a recuperação da pandemia".
Janet Yellen afirmou que "as ações da Rússia são responsáveis por isso", mas disse que os EUA trabalham com parceiros para ajudar a "mitigar os efeitos da guerra irresponsável da Rússia sobre os mais vulneráveis do mundo".
Segundo ela, mesmo que os EUA continuam a ampliar sanções contra a Rússia, reiteram seu compromisso de autorizar atividades humanitárias para beneficiar pessoas pelo mundo, garantindo a disponibilidade de alimentos básicos. Ela também defendeu um esforço internacional nessa frente.