O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, considerou injusta a acusação feita por Flávio Werneck, presidente da Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal (ANEPF) e diretor jurídico da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) — de que o governo cedeu às pressões das carreiras de Estado vinculadas ao Ministério da Economia.
"Não entendi o que ele quis dizer com isso. A corrosão inflacionária atinge todo o funcionalismo federal. Então, é legítimo o reajuste para os servidores da segurança, assim como o é para as demais categorias", disse.
Já o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, disse que a concessão de um reajuste linear de 5% para todas as categorias era esperada. Mas, conforme disse, isso não será suficiente para arrefecer a mobilização dos servidores, que também não concordam com a proposta feita pelo governo. "Segue a greve. Inclusive, já declaramos publicamente que os tais 5% são insuficientes", explica.
Estão mantidas as greves dos servidores do Banco Central, de braços cruzados desde 1º de abril, e dos peritos do INSS, que pararam em 30 de março. (MP)