O governo federal está otimista com os planos de privatizar a Eletrobras ainda em maio. O prazo limite para a realização do leilão é dia 13 do próximo mês, e, até lá, as autoridades estão considerando ser possível evitar qualquer intervenção política no processo de venda da estatal, com o qual espera-se arrecadar R$ 100 bilhões.
Em audiência do Tribunal de Contas da União (TCU) realizada, nessa quinta-feira (7/4), para tratar do assunto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a privatização da companhia é fundamental para garantir a segurança energética.
Para o governo, se a promessa do TCU de que o processo vai “andar rápido” não for cumprida, ficará claro que há interferência política, principalmente, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já declarou publicamente que, se houver privatização neste ano, ele vai anular o processo caso seja eleito.
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A expectativa do governo com a privatização da Eletrobras é, por exemplo, assegurar R$ 2 bilhões em investimentos para a revitalização do Rio São Francisco e reservar R$ 30 bilhões para garantir a modicidade tarifária, e, com isso, evitar aumento na conta de luz nos próximos 10 anos.
Se for concretizada, a privatização da Eletrobras será a principal medida dentro do R$ 1 trilhão esperado no início do governo, pelo ministro Paulo Guedes, com a venda das estatais federais. Estimativas da pasta indicam que R$ 300 bilhões foram arrecadados com o desinvestimento em subsidiárias e em participações acionárias da União desde 2019.