Apesar das críticas de autoridades europeias ao Brasil na questão do desmatamento, que bateu novo recorde em março, o governo está otimista no avanço do processo de ingresso do Brasil na Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), dentro de dois a três anos, no máximo.
Contudo, alguns integrantes do governo reconhecem que a abstenção do Brasil na última votação para a exclusão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) foi um tremendo “gol contra” nas conversas recentes das autoridades brasileiras com os ministros europeus.
Saiba Mais
Para o governo, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a imagem do Brasil junto aos europeus tem melhorado entre os representantes europeus, porque o país está se tornando um aliado na busca pela segurança energética e alimentar. Nesse sentido, o governo vai tentar avançar no projeto de redução do Imposto de Renda para investidores estrangeiros no país e ainda mexer na tabela do IR tanto para a pessoa física quanto para a pessoa jurídica.
As conversas, segundo fontes do governo, mudaram de patamar e o Brasil, inclusive, estuda antecipar alguma redução de imposto de renda, tanto para pessoa física quanto para jurídica, por conta da falta de avanço da Reforma do Imposto de Renda, que está parada no Senado e previa a ampliação do limite de isenção da pessoa física de R$ 1,9 mil ao mês para R$ 2,5 mil. A expectativa é de um valor intermediário para a correção, mas isso vai depender do volume de arrecadação acima do esperado.