Energia

Mercado pressiona por privatização da Eletrobras até 13 de maio

Data também é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e voltou a ser citada nesta quinta-feira (7/4) durante debate no Tribunal de Contas da União

Analistas do mercado financeiro apontam existir "apetite" de investidores estrangeiros interessados em adquirir ações da Eletrobras, cujo processo de desestatização segue em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão realizou um debate público sobre o tema na manhã desta quinta-feira (7/4). Para o sucesso da operação, segundo os debatedores, o governo precisa garantir que a venda das ações ocorra até 13 de maio. 

"O maior risco é o processo travar nesta Casa", disse Giuliano Santiago Ajeje, diretor da UBS, consultoria de serviços financeiros. "O mercado financeiro trabalha com janela e a atual é muito positiva, com a Bolsa operando em 120 mil pontos, com investimentos estrangeiros. Mas janelas se fecham muito cedo. No segundo semestre, teremos calendário eleitoral. Não sabemos o desfecho da guerra, por isso, acredito que devíamos seguir para finalizar o processo até 13 de maio", disse. 

Guiliano participou de um debate promovido pelo TCU sobre a modelagem de capitalização da companhia energética brasileira, que deverá ocorrer "em breve", de acordo com o relator do processo, ministro Aroldo Cedraz, durante abertura do evento.

O especialista lembrou que o processo ainda precisa vencer três etapas, com a aprovação das contas da Eletrobras, previsto para 22 de abril, e a publicação do formulário de referência, em 24 de abril, seguido da conclusão do segundo acórdãodo TCU — para o qual o debate foi realizado como etapa de participação social. "Se o TCU tomar  a decisão, a privatização acontece", garantiu. 

Saiba Mais