ESTATAL

Adriano Pires recusa oficialmente convite para comandar Petrobras

Economista enviou carta ao ministro Bento Albuquerque desistindo do convite após indícios de que não passaria no crivo da governança da empresa

Conflitos de interesse barraram o economista Adriano Pires de assumir o comando da Petrobras. Em carta enviada ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, nesta segunda-feira (4/4), Pires afirmou que não poderia aceitar o cargo por não poder “conciliar meu trabalho de consultor com o exercício da Presidência da Petrobras”.

Pires desistiu do convite após indícios de que ele não passaria no crivo de governança da estatal. Havia também um esforço conjunto do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU) para impedir que o economista assumisse o cargo. A ideia era de que o especialista fosse investigado pela Controladoria-Geral da União (CGU) e Comissão de Ética da Petrobras sobre vida pregressa no setor privado.

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Bento Albuquerque respondeu ao economista dizendo que compreendia os motivos explicitados por Pires, e espera continuar contando com as “oportunas contribuições”. O ministro também desejou sucesso na carreira.

A desistência de Pires vem logo após Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, ter aberto mão da presidência do Conselho de Administração da companhia. O economista seria o terceiro a comandar a Petrobras neste governo, sucedendo o general Silva e Luna e Roberto Castello Branco.