GREVE

iFood informa que greve não interferiu na operação da empresa

De acordo com a empresa, taxa extra de R$ 3 foi uma promoção apenas em São Paulo, "por causa da chuva"

Os entregadores do iFood anunciaram uma mobilização nacional nesta sexta-feira (1º/4), mas a empresa, logo pela manhã, enviou mensagem aos funcionários de São Paulo ofertando uma taxa extra de R$ 3 por rota, o que foi interpretado como forma de desmobilização do movimento.

Procurada sobre os impactos da greve, a assessoria de imprensa do iFood informou que "não houve interferência na operação da empresa". A taxa extra, inclusive, é uma medida que faz parte de "promoções previamente previstas e que ocorrem de forma pontual e a depender do dia, oferta/demanda, clima". E, no caso dessa taxa extra, foi uma promoção apenas em São Paulo, "por conta da chuva".

A empresa possui uma base de 200 mil entregadores em todo o país. Segundo nota do iFood enviada ao Correio, neste ano, foi anunciado, no mês passado, um reajuste de 50% do valor mínimo do quilômetro rodado, de R$ 1 para R$ 1,50. Foi o "terceiro reajuste em 12 meses".

"Além disso, o iFood segue apoiando seus parceiros com a implementação de diferentes iniciativas, como a disponibilização de seguros contra acidentes pessoais e por lesão temporária — sendo a única empresa da indústria a oferecer esse tipo de cobertura, entre outros", destacou o comunicado da companhia, que informou também que investiu mais de R$ 160 milhões em iniciativas de apoio aos entregadores desde o início da pandemia.

Na terça-feira (29/3), os trabalhadores de aplicativos de entrega e de transporte fizeram uma paralisação nacional contra o aumento dos combustíveis e reivindicando melhoria nas condições de trabalho e nas remunerações das empresas como Uber, iFood e 99.

De acordo com dados um levantamento recente feito pelo projeto Fairwork Brasil, vinculado à Universidade de Oxford, no Reino Unido, as empresas de aplicativo iFood, Rappi, Loggi, Uber Eats, 99 e GetNinjas  não conseguiram comprovar padrões mínimos de trabalho decente no ano passado e tiveram pontuações de 1 a 2 em uma escala que vai até 10.

 

Veja a íntegra da nota do IFood enviada ao Correio:

 

O iFood respeita o direito de manifestação e esclarece que mantém o compromisso de diálogo aberto com os entregadores para buscar melhorias e oportunidades para os profissionais como também para todo o ecossistema.

Vale destacar que algumas medidas já adotadas para os entregadores também partiram dessa construção de diálogo com a categoria, além do iFood ser a primeira empresa na América Latina a organizar um fórum nacional para dialogar com entregadores que resultou em uma carta compromisso da empresa.

Neste ano, por exemplo, foi anunciado em março um reajuste (o terceiro em 12 meses) de 50% do valor mínimo do quilômetro rodado (R$ 1 para R$ 1,50) e da taxa mínima (de R$ 5,31 para R$ 6), e para garantir mais transparência, foram feitas mudanças na comunicação sobre a sinalização de causas de restrição, ativação e desativação da plataforma. Além disso, o iFood segue apoiando seus parceiros com a implementação de diferentes iniciativas, como a disponibilização de seguros contra acidentes pessoais e por lesão temporária - sendo a única empresa da indústria a oferecer esse tipo de cobertura, entre outros.

Como empresa 100% brasileira, já foram investidos mais de R$ 160 milhões em iniciativas de apoio aos entregadores desde o início da pandemia.

Saiba Mais