O Brasil criou 136.189 empregos com carteira assinada no mês de março, apontaram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados, nesta quinta-feira (28/4), pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O número de empregos criados é o saldo da diferença de 1.953.071 de contratações e 1.816.882 de desligamentos registrados no mês passado.
Esse foi o menor número de empregos com carteira assinada por mês gerado este ano. Em janeiro, foram abertas 149,5 mil vagas, enquanto, em fevereiro, 329,4 mil. Ou seja, em comparação com o último mês, houve uma queda de 58,6%.
O número também é menor quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Em março de 2021, foram criados 153,4 mil empregos formais.
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Apesar da desaceleração, o governo federal destaca que este é o terceiro mês seguido de saldo positivo na criação de postos de trabalho formal. No mês passado, foram criados empregos formais em quatro dos cinco grandes setores da economia. O destaque é o setor de serviços que abriu 111.513 novos postos de trabalho.
Enquanto isso, a construção abriu novas 25.059 vagas, a indústria mais 15.260 e o comércio teve um saldo de 352 empregos formais. Apenas o setor da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura apresentou um saldo negativo com o fechamento de 15.995 postos de trabalho.
“Na agropecuária o saldo no mês de março já é mais reduzido porque temos uma sazonalidade do fim da safra de açúcar no Nordeste, mas este ano isso foi agravado pela seca na região Sul e um pedaço de São Paulo”, explicou o coordenador-geral de Cadastros, Identificação Profissional e Estudos do Ministério do Trabalho, Felipe Pateo.
Outro dado revelado pelo Caged foi a queda de R$38,72 no salário médio de admissão em março quando comparado com o mês anterior. Em março, essa remuneração foi de R$ 1.872,07.
Acumulado
De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, no acumulado do ano foram criadas 615.173 vagas. O número, porém, é menor do que o do mesmo período do ano passado, quando tinham sido abertas 805,1 mil vagas de emprego com carteira assinada.
Mesmo com a desaceleração, o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, apresentou uma expectativa positiva. "Este número nos permite sonhar com um número acumulado até o final do ano superior àquele que havíamos programado, de 1 milhão de novos empregos", apontou no início da coletiva.
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