O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar o interesse do governo em avançar no processo de adesão do Brasil à Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econõmico (OCDE), o clube dos ricos. E, na contramão da diplomacia brasileira — que se absteve na votação de exclusão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), na semana passada, após o massacre russo na cidade de Bucha, na Ucrânia —, criticou as guerras, as quais chamou de “retrocesso”.
“O Brasil vai trabalhar sempre no sentido de reforçar os valores das instituições multilaterais e abraçar a OCDE. Vamos avançar em todas as frentes. Queremos acesso à OCDE, queremos o acordo Mercosul-União Europeia, para garantir a segurança alimentar e energética dessa grande comunidade de nações”, afirmou Guedes, nesta terça-feira (12/4), durante evento de apresentação das características do novo sistema de Preços de Transferência do Brasil, um dos passos que precisam ser dados em direção à adequação do país para ser membro do clube dos ricos.
“O Brasil está pronto para fazer o seu papel e dar um passo decisivo para mantermos o grau de civilização. Não podemos mergulhar no passado de guerras fiscais e sanções econômicas e interrupção de fluxo”, afirmou. Entre os principais resultados dessa convergência de sistemas de preços está o fim da bitributação, além de eliminar a evasão fiscal, por exemplo, na emissão de lucros de empresas multinacionais instaladas no país, de acordo como ministro.
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Além de Guedes, participaram da abertura do evento o diretor do Centro para Política e Administração Fiscais da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Pascal Saint-Amans, e representantes da Receita Federal. De acordo com o ministro, o novo sistema está sendo elaborado em parceria com a OCDE e assessoria do Reino Unido, que também vem buscando uma convergência dos sistemas tarifários.
“Estamos celebrando hoje um novo capítulo decisivo do acesso brasileiro à OCDE. Agradecemos a ajuda para a convergência do sistema brasileiro com o novo sistema de transferência de preços para o padrão internacional”, afirmou.
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