A alta da inflação impacta diretamente na qualidade de vida das famílias, que se veem obrigadas a tentar adaptar o orçamento para fazer caber o custo com necessidades básicas — cada dia mais difíceis de manter. Com o salário mínimo a R$ 1.212, arcar com as despesas fica difícil para as pessoas com menor renda, mas até as que estão em condição mais confortável começam a rever seu planejamento.
Para contornar a disparada, as opções de estratégias para sobreviver ao aumento generalizado variam. A psicóloga Daniela Mattos, 47 anos, foi uma das que relatou mudanças na rotina para acomodar as elevações de preço. Ela conta que na sua casa a carne virou um artigo de luxo, e que precisa recorrer a outras opções mais acessíveis.
"Em vez de comer carne quatro vezes na semana, como a gente fazia, agora eu substituo por frango. Tudo aumentou bastante, e a gente acaba tendo que economizar em algumas coisas para manter o padrão", explicou.
A solução também pode ser ficar de olho nas promoções. É assim que Kléber da Silva, aposentado de 51 anos, alega conseguir poupar uma boa quantia no fim do mês. "Eu procuro fazer as compras em locais pré-determinados, sempre nos dias em que têm promoções. Com isso, consigo fazer uma economia de até 50% da despesa e me adequar melhor para buscar essas ofertas", disse.
Kléber também diz que evita andar de carro. Para ele, é mais vantajoso utilizar transporte por aplicativo ou coletivo. O aposentado aconselha quem quer evitar pagar mais caro: "Tenho procurado evitar ao máximo abastecer em locais em que os combustíveis são mais caros e procurado também fazer uma espécie de transporte solidário com amigos e colegas". (Com Maria Eduarda Angeli*)
*Estagiários sob a supervisão de Odail Figueiredo
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