Funcionalismo

Governo estuda três alternativas para questão do reajuste dos servidores

Uma das alternativas é aprovar um vale-alimentação de R$ 400 para todos os servidores da ativa

Rosana Hessel
postado em 08/04/2022 16:33 / atualizado em 08/04/2022 18:05
 (crédito: Fonasefe/Divulgação)
(crédito: Fonasefe/Divulgação)

O governo federal trabalha com três possibilidades para solucionar a questão do reajuste dos servidores neste ano, a fim de acabar com as tensões em ano eleitoral.

A primeira alternativa é usar os recursos reservados no Orçamento deste ano, de R$ 1,7 bilhão, que estavam destinados para a reestruturação da carreira dos policiais federais, e distribuir um auxílio alimentação de R$ 400 para todos os servidores ativos.

A segunda é usar esse mesmo montante para o reajuste dos policiais, que abririam mão de uma parte da verba para incluir os servidores da Receita Federal — que estão em operação padrão — e os do Banco Central.

Com isso, o pessoal da segurança pública ficaria com cerca de R$ R$ 1,3 bilhão para o pessoal, o restante, dividido entre os auditores (cerca de R$ 200 milhões) e o pessoal do BC (cerca de R$ 250 milhões), cuja greve, iniciada no início do mês, está prejudicando a divulgação de vários indicadores da autoridade monetária.

A terceira e última alternativa é um reajuste linear de 4% a 5% para todos os servidores, que poderia custar de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões, neste ano, a partir de julho. Em 2023, essa conta anual seria de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões. Essa medida, no entanto, só é possível de ser implementada se houver remanejamento de recursos de outras pastas para evitar um estouro no teto de gastos, de acordo com fontes do governo.

Vale-alimentação

No Ministério da Economia, a alternativa menos custosa e mais justa, na avaliação de interlocutores do ministro Paulo Guedes, seria o vale-alimentação, que beneficiaria a maioria da base dos servidores, com salários mais baixos.

Com isso, os R$ 400 do auxílio teriam um impacto de 6% a 8% na remuneração de pouco mais de 70% do pessoal da ativa e, portanto, seria mais justo do que um reajuste linear, que inclui aqueles que recebem o teto atual, de R$ 39,2 mil, ou mesmo acima disso, como poucos privilegiados.

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