Causou estranheza, no setor da mineração, a notícia de que a J&F, a holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, se mostrou disposta a entrar no segmento por meio de participação em um leilão milionário previsto para as próximas semanas. Tudo porque, em geral, uma das condições para participar de leilões é a reputação ilibada dos pretendentes. E Joesley tem, no seu histórico recente, as investigações da operação Lava-Jato sobre organizações criminosas que pagavam propina a agentes públicos e políticos, que culminaram com a sua prisão em 2018. Será que, mesmo com a lembrança desse fato, sua holding terá êxito?
» A geração e análise de dados são fundamentais para a ampliação, manutenção e construção de rodovias. Nesse contexto, a empresa de engenharia Concremat desenvolveu para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) um software inédito de monitoramento de tráfego com 340 equipamentos espalhados por estradas brasileiras.
» Criado em parceria com o grupo Certare, o sistema mapeia o movimento das rodovias 24 horas por dia. As informações coletadas, como volumetria de veículos e índices de acidentes, auxiliam o DNIT em tomadas de decisão sobre aplicação de recursos, duplicação de rodovias e nível de degradação das estradas.
» O banco BTG Pactual vai comprar o controle acionário do Banco Econômico, que está em liquidação extrajudicial, assim como o de suas subsidiárias. Segundo o BTG, a operação faz parte da estratégia de investimentos da área de special situations, focada na recuperação de empresas em dificuldades. Os valores do negócio não foram revelados.
» Quase a metade (48%) dos brasileiros acha que a publicidade exibida nas diversas mídias é sexista. O estudo foi realizado pela agência francesa Teads e revela que a exploração do corpo feminino nas campanhas é uma estratégia equivocada das empresas. A pesquisa também detectou que na América Latina o índice é menor (43%).
Saiba Mais
Na bolsa brasileira, Ibovespa em alta e aberturas de capital em baixa
Depois de um 2021 tenebroso, o Ibovespa, principal índice da B3, a bolsa brasileira, parece ter virado a página da crise em 2022. No mês, acumula ganhos de 6%. No trimestre, o saldo positivo é de 15%, número que coloca o mercado acionário do país entre os de melhor desempenho do mundo. Até agora, os resultados favoráveis foram puxados pelos preços das commodities, que alcançaram os patamares mais elevados em muito tempo. É interessante notar que nem a guerra na Ucrânia ou a crise econômica interna — os juros e a inflação, lembre-se, continuam a sua escalada — foram suficientes para aplacar o ânimo dos investidores. Nem tudo, contudo, vai bem. Muitas empresas continuam desconfiando dos rumos do país e preferem esperar a eleição para se expor no mercado. Desde o início do ano, 22 aberturas de capital foram canceladas, um recorde para o período. Segundo analistas, deverá ser assim no ano inteiro.
Vale desembolsa R$ 3 bilhões em indenizações
Cerca de 3 mil pessoas firmaram acordos de indenização individual com a Vale em Barão de Cocais, Ouro Preto, Nova Lima e Itabirito, municípios que tiveram comunidades evacuadas em decorrência do aumento do nível de emergência de barragens em Minas Gerais. Os valores pagos superam R$ 570 milhões. Se forem considerados os impactos provocados pelo rompimento da barragem B1, em Brumadinho, a Vale já fechou acordos de indenização com 13 mil pessoas. Juntos, os acordam totalizam mais de R$ 3 bilhões.
Codesa é arrematada em leilão por R$ 106 milhões
A privatização do setor portuário começa a se tornar realidade. Ontem, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), responsável pela administração dos portos de Vitória e de Barra do Riacho, foi arrematada pelo fundo de investimentos Shelf 119 Multiestratégia, da gestora Quadra Capital. O lance vencedor totalizou R$ 106 milhões e o contrato de concessão é por 35 anos, prorrogáveis por mais cinco. Agora, o próximo passo é a venda de outros portos públicos, como o de Santos (SP) e Itajaí (SC).
Bons resultados animam Citi a investir mais no Brasil
O banco americano Citi estabeleceu uma meta ousada para as operações no mercado brasileiro: crescer 50% nos próximos três anos. O projeto, claro, é ótimo para o país, já que exigirá um novo ciclo de investimentos e de contratações. Por exemplo: os atuais 1,9 mil funcionários passarão a ser 2,2 mil. Os bons resultados obtidos por aqui incentivaram o Citi a definir a nova estratégia. Em 2021, o banco teve lucro líquido de R$ 1,7 bilhão no Brasil, um crescimento de 36% sobre 2020.