Os servidores do Banco Central permanecem em aviso de greve, realizando paralisações diárias, entre 14h e 18h, na sede da instituição. A greve será decidida em assembleia geral nesta terça-feira (22/3), caso o governo federal não anuncie reajuste de servidores federais em 19,9%, conforme reivindicação unificada da categoria.
De acordo com Fábio Faiad, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), as paralisações diárias, que começaram na última quinta-feira (17), tem adesão majoritária. Faiad explica ainda que as atividades suspensas já impactam atividades de rotina do BC, como a divulgação do Boletim Focus, divulgado semanalmente sempre às segundas.
"O atraso de hoje na divulgação do boletim Focus tem a ver com nossa mobilização. Outras ocorrências poderão ser notadas nos próximos dias, mas não podemos ainda antecipar", explica.
Entre os servidores, a mobilização pelas substituições em cargos de confiança também está avançada. "Mais da metade dos substitutos já pediram a exclusão de seus nomes das Portarias de Substitutos", diz Faiad.
Negociação
Para decidir os rumos da negociação, os servidores do BC aguardavam uma nova rodada de negociação com a presidência do Banco Central. "A reunião, que já havia sido acertada com o Presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi desmarcada sem motivos. Até agora não foi marcada uma nova", ressalta Faiad.
O sindicato também espera uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, nos próximos dias.