O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionário do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, informou que servidores públicos estão debatendo a realização de greve geral caso não obtenham o reajuste de quase 20% que as diferentes categorias reivindicam. A partir do dia 4 de abril, o governo federal fica impedido de conceder reajustes devido à legislação eleitoral. Os funcionários da autarquia anunciaram que farão paralisações diárias de quatro horas a partir desta quinta-feira (17/3).
No próximo dia 22, funcionários do Banco Central realizarão assembleia para definir os rumos do movimento. “Até o momento, a posição do governo federal é de não dar o reajuste para ninguém. Agora, cada categoria vai discutir a realização de greves ou uma greve geral por tempo indeterminado”, explicou.
Na última sexta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou, em entrevista, que, se não houver “entendimento” das demais categorias de servidores públicos federais, ficará para o próximo ano o reajuste salarial prometido por ele para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários.
No fim do ano passado, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento Federal com reserva de R$ 1,7 bilhão para reajuste a carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
A promessa do presidente revoltou servidores de áreas como tributária, saúde, diplomacia, política monetária e do Ministério Público, que passaram a se mobilizar a favor da realização de uma greve geral, que deve ocorrer em breve. Os servidores apontam 50% de perdas salariais, sem reajuste nos últimos cinco anos.
Entre as entidades que já se posicionaram sobre o ato estão o Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
Além delas, servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além de carreiras médicas e da Previdência, também estão insatisfeitos.
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