Brasília e Rio de Janeiro deixaram de figurar entre as 10 principais cidades do país como amigáveis ao empreendimento. É o que aponta uma pesquisa elaborada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e pela Endeavour, divulgada ontem. São Paulo, porém, permanece no topo do ranking.
De acordo com Cláudio Shikida, coordenador-geral de Pesquisa da Enap, não é que a capital, assim como o Rio de Janeiro, deixou de ser empreendedora. “O índice é um termômetro. Brasília correu menos e as outras correram mais para empreender e, por isso, perdeu posições”, explicou.
No cômputo geral, abaixo de São Paulo a pesquisa mostra que Florianópolis vem em segundo lugar, pelo segundo ano consecutivo, como cidade atraente para novos negócios. Em terceiro, Osasco, na Grande São Paulo, deu lugar a Curitiba. Já Brasília, que estava em quinto lugar em 2020, perdeu a vaga para Belo Horizonte e o Rio de Janeiro foi superado por Cuiabá.
Isso não quer dizer que Brasília tenha desaparecido da pesquisa. Quando se avaliam os quesitos que compõem a sondagem, tal como a infraestrutura oferecida ao empreendedor, a cidade aparece em terceiro, abaixo apenas de Santos (SP). A capital do país deu um salto, pois aparecia na 10ª posição nesse item da sondagem, em 2020. São Paulo se manteve na liderança pelo segundo ano consecutivo.
Quando se fala em “cultura empreendedora”, Brasília é a terceira cidade mais bem colocada. Em 2021, Goiânia alcançou a primeira posição, seguida de Osasco (SP). Já quando o assunto é “mercado”, a capital fica na segunda colocação.
Para a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), se Brasília quiser voltar a estar entre as 10 melhores “é fundamental que o governo do DF encare o empreendedorismo como prioridade e invista na melhoria do ambiente regulatório”.