FUNCIONALISMO

Última semana de março é marcada por manifestações de servidores

Esta semana acontece a Jornada de Lutas dos Servidores Federais em Brasília

Fernanda Strickland
postado em 30/03/2022 18:37 / atualizado em 30/03/2022 18:38
 (crédito: Fonasefe/Divulgação)
(crédito: Fonasefe/Divulgação)

A última semana de março tem sido marcada por manifestações e atos dos servidores públicos federais de diversas categorias em Brasília. Os servidores estão mobilizados pela pauta de reajuste salarial e as recentes denúncias de novo esquema de corrupção no governo federal foram incorporadas nas manifestações.

Na terça-feira (29/3), servidores da educação, estudantes e outras categorias apoiadoras do movimento se reuniram em frente ao Ministério da Educação, em Brasília. O ato exigiu a investigação do envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (BC) no escândalo do MEC, esquema recém-revelado de propina para acesso a verbas do FNDE.

A crise já resultou na saída do então ministro Milton Ribeiro, exonerado ainda na segunda-feira (28). Bolsonaro foi diretamente citado no áudio vazado pela Folha de S.Paulo na semana passada, na parte em que Ribeiro declarava que a sua “prioridade é atender a todos que são amigos do pastor Gilmar” e que isso “foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim”.

Servidores

Nesta quarta-feira (30), servidores de diversas categorias participaram de uma caminhada de protesto com paradas nos ministérios da Saúde, Trabalho e Previdência e Economia. A manifestação por reajuste salarial se iniciou com concentração no Espaço do Servidor.

Para quinta-feira (31), estão previstos dois atos, um com concentração no anexo 2 do Senado e outro, com concentração no Ministério da Economia.

A campanha salarial dos servidores públicos federais tem como principal exigência o reajuste de 19,99%, valor referente à inflação acumulada nos últimos três anos de governo Bolsonaro. O movimento reitera que os servidores estão há cinco anos com os salários congelados, sem nenhum reajuste inflacionário. As categorias estão desde o início deste ano buscando diálogo para que a defasagem salarial seja corrigida, porém o governo segue sem aceitar negociação.

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