Durante palestra virtual no BIS Innovation Summit, realizada nesta quarta-feira (23/3), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a minimizar os vazamentos de chaves do Pix. Segundo ele, os vazamentos de dados são cada vez mais comuns para empresas e organismos governamentais.
Campos Neto argumentou ainda que, justamente por isso, o Pix não utiliza dados sensíveis das contas bancárias para realizar transações. "A maior parte dos dados usados para transferir recursos no Pix, como números de CPF e de telefones, não são dados sensíveis. Os vazamentos foram pequenos diante da quantidade de participantes no Pix, e atingiram basicamente os nomes e números de telefones dos usuários, que já são praticamente públicos", repetiu.
O presidente do BC declarou que o Banco tem sido transparente sobre vazamentos no Pix, “divulgamos 100% dessas ocorrências". Segundo ele o sistema poderia ter mais segurança se possuísse mais camadas de verificação, mas ponderou que isso retiraria o componente de instantaneidade da ferramenta. “Poderíamos ter feito Pix mais seguro, mas aí (a transferência de valores) levaria mais tempo", admitiu.
Campos Neto pontuou em documento da apresentação, que a digitalização das formas de pagamento no Brasil por meio do Pix proporcionou a inclusão de milhões de indivíduos e micro empreendedores. Antes, havia uma estrutura de mercado com uma estrutura monopolizada. "O Banco Central em 2020, desenvolveu, gerenciou e operacionalizou o Pix, que incentiva a competição e encoraja a digitalização, promovendo a inclusão financeira".
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