O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou sobre os processos de criação da nova moeda digital brasileira. Ele explicou que um dos entraves para a implementação, ainda sem data para o lançamento, é não atrapalhar a concessão de créditos para os bancos. Isso porque os bancos utilizam depósitos de clientes para realizar a função.
"Temos que fazer [a moeda digital] de forma que não atrapalhe a maneira como os bancos concedem crédito", declarou, em inglês, no evento do Banco de Compensações Internacionais (BIS). A intenção do novo modelo é aumentar a capacidade de rapidez dos produtos financeiros, além de baratear.
Ele informou que são realizadas duas reuniões mensais para discutir os pontos de implementação do dinheiro virtual, Central Bank Digital Currency (CBDC), que é a sigla em inglês.
Possivelmente são encontros para discutir sobre os resultados de um laboratório, lançado pelo BC, em dezembro do ano passado, para avaliar possibilidades de uso e a capacidade de execução de projetos com o real digital.
Porém, a moeda virtual deve demorar mais tempo que o Pix para chegar ao consumidor final. Isso porque o BC vai precisar criar um novo ambiente financeiro para inaugurar a novidade com segurança e proteção de dados dos consumidores.
Campos ressaltou que os bancos podem apresentar resistência no início da novidade, mas o foco deve ser na adesão dos clientes, como fizeram com o Pix.
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