CONJUNTURA

Campos Neto sobre a inflação: "Vamos chegar no pico em abril e depois cair"

Para o presidente do Banco Central, a estimativa é de que o IPCA chegue em 10,54. Porém, ele acredita que o Brasil está agindo ao aumentar a taxa Selic

Tainá Andrade
postado em 23/03/2022 11:19 / atualizado em 23/03/2022 11:19
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira (23/3) que a inflação no Brasil terá seu pico em abril. De acordo com ele, portanto, o valor esperado para o próximo mês deve ser maior do que o esperado, com IPCA em torno de 10,54%.

"Falando em inflação brasileira, vamos chegar no pico em abril e voltar a cair. A gente estima que o número [de inflação] de curto prazo seja um pouco mais alto do que a gente tinha imaginado anteriormente, do próximo mês", declarou em evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na manhã de hoje.

Ele explicou que o Brasil tem sido ativo no combate à alta de preços utilizando a estratégia de subir mais rapidamente a taxa básica de juros (Selic).

Para Campos Neto, mundialmente, há uma percepção de que a inflação é temporária, mas, em tese, segundo ele, ela já contaminou os núcleos. Portanto, o grande desafio é “fazer política monetária em um ambiente com tanta incerteza”.

Mesmo com a guerra que ocorre no leste europeu, as expectativas do presidente do Banco Central para o Brasil são boas, já que o investimento estrangeiro está vindo para o Ocidente e o país poderá aproveitar oportunidades no mercado global.

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