A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou, ontem, que fará dois aumentos nos preços do aço em abril. Os reajustes afetarão os laminados a quente, as bobinas a frio e zincadas, e os aços pré-pintados e longo (vergalhão), além do galvalume.
Representa que, no curto prazo, haverá aumentos de custos nas indústrias automobilística e de eletrodomésticos, além da construção civil — onde essas matérias-primas são largamente utilizadas. O preço da folha metálica, que é usada nas embalagens de alimentos, não será aumentado — o que poderia empurrar a inflação mais para cima.
De acordo com o diretor-executivo da CSN, Luís Fernando Martinez, serão dois reajustes: o primeiro de 12,5%, a partir de 1º de abril, e o segundo no dia 15, de 7,5%. A siderúrgica está repassando o aumento de custos com o carvão, que nos últimos meses disparou no mercado internacional.
Em dezembro, o carvão estava cotado a US$ 320 a tonelada e, atualmente, está entre US$ 650 a US$ 700 a tonelada por causa, também, da pressão nos preços exercida pela invasão da Ucrânia pela Rússia. "Nosso plano é de zerar os descontos que foram dados em momentos de acomodação do mercado, e até subir um pouco", afirmou Martinez. No ano passado, a CSN aumentou os preços dos seus produtos em 85%.
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