Inflação

Guerra vai encarecer produtos, mas previsão é de crescimento do varejo

Em comparação ao ano passado, se estima o crescimento de 1,6% do varejo. Mesmo que o poder de compra das pessoas fique menor, esse é um efeito da vacinação no Brasil

Tainá Andrade
postado em 07/03/2022 14:12 / atualizado em 07/03/2022 14:12
 (crédito: Cris Faga/reprodução)
(crédito: Cris Faga/reprodução)

Levantamento realizado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), prevê o aumento no preço de peças de vestuário, calçados e cosméticos. A entidade estima também que haverá uma desaceleração das vendas do varejo em razão da taxa de juros, que deve aumentar em mais de 12% neste ano.

“A manutenção de um ciclo de alta da taxa Selic deverá desacelerar ainda mais a atividade econômica, mantendo a taxa de desemprego em patamares elevados”, analisou Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

A justificativa são os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Os embargos realizados pelo Ocidente irão afetar diretamente em produtos cujos insumos são provenientes do petróleo para produção.

No entanto, apesar do cenário difícil, a ACSP prevê um crescimento anual no comércio, estimado em 1,6% comparado a 2021, motivado pelo aumento da mobilidade urbana em razão do crescimento da taxa de vacinação da população.

“O cenário de crescimento está mantido, até este momento, por conta da provável superação da pandemia ao longo do ano e sob a hipótese de que o conflito na Ucrânia tenha rápida solução. Se prolongarem, podemos ter impactos ainda maiores e a expectativa de hoje vai precisar ser revista”, complementou o economista.

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