Guerra

Guedes diz que espera que a guerra se resolva 'o mais rápido possível'

O ministro afirmou que uma das consequências imediatas da guerra na Ucrânia podem ser pressões inflacionárias mundiais

Em entrevista à TV Bloomberg, o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi questionado sobre a posição "neutra" de Jair Bolsonaro sobre o conflito militar. Ele afirmou que o Brasil votou duas vezes no Conselho de Segurança das Nações Unidas condenando a guerra e votará novamente assim. "Queremos que o conflito se resolva de forma pacífica o mais rápido possível."

Ao falar dos impactos inflacionários para a economia mundial do conflito entre Rússia e Ucrânia, Guedes afirmou que "estamos apenas começando a nos recuperar da pandemia. Não é bom para o mundo". Para ele, a economia mundial passa por um processo sincronizado de desaceleração do crescimento, enquanto a inflação está subindo em vários países.

As consequências da guerra só podem agravar esses efeitos e que uma das consequências imediatas da guerra na Ucrânia podem ser pressões inflacionárias mundiais, em alimentos, grãos, fertilizantes e energia.

Guedes ainda pontuou que o Brasil está "fora de sintonia" com a economia mundial, pois está crescendo. "O Brasil está na outra direção", afirmou.

"Até o fim do ano teremos US$ 200 bilhões em compromissos de investimento, em contratos já assinados de investimentos privados", disse. O ministro citou ainda que esses são investimentos em portos, concessões de rodovias e setor elétrico, no que ele diz ser equivalente a "dois Planos Marshall", o que reconstruiu a Europa no pós-Segunda Guerra.

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