Sem falar de economia, Bolsonaro irrita mercado financeiro

O presidente Jair Bolsonaro mostrou o velho destempero no evento CEO Conference, promovido nesta semana pelo banco BTG Pactual. Em videoconferência remota, ele atacou o Supremo, perguntou se o mercado financeiro quer se aliar a Cuba e não respondeu perguntas sobre os enormes e urgentes desafios na área econômica, passando a palavra para o ministro Paulo Guedes. A postura não agradou a turma da Faria Lima, que já andava aborrecida com o presidente. No mesmo encontro, nomes graúdos do mercado revelaram o que pensam a respeito de uma eventual vitória de Lula na eleição presidencial. "Lula está indo mais ao centro", afirmou Rodrigo Xavier, da SPX Capital, uma das principais gestoras de recursos do Brasil. "O que tenho escutado é que teremos alguma responsabilidade fiscal à frente. Vai mudar um pouco a política econômica, mas não vai perder de vista o cenário fiscal. Esse risco foi um pouco eliminado."

Para André Esteves, país tem boas perspectivas

Nem todos foram pessimistas no evento CEO Conference. André Esteves, sócio e chairman do BTG Pactual, enxerga perspectivas positivas para o Brasil, apesar da tensão trazida pela eleição presidencial e do baixo crescimento econômico. "Somos treinados em inflação, nos mexemos rapidamente e estamos na frente de todos os bancos centrais do mundo", disse. "O Brasil tem valor, pois possui boas companhias e uma taxa de juros que hoje é um diferencial. Então, o país entrou de novo no radar."

Energisa inaugurou cinco usinas em 2022

A Energisa iniciou 2022 acelerando os negócios na área de energia solar. A empresa inaugurou, em fevereiro, duas conexões em Minas Gerais, as usinas fotovoltaicas Jatobá I e Jatobá II. Somadas, elas possuem capacidade de 3,2 megawatt de potência instalada. Em janeiro, o grupo havia inaugurado as usinas de Pará de Minas, Lagoa Formosa e Lagoa da Prata, também em Minas Gerais. Ao todo, as cinco usinas solares totalizam 12,6 megawatt de potência instalada e receberam R$ 55 milhões em investimentos.

Aérea colombiana de baixo custo chega ao Brasil

A companhia aérea colombiana Viva Air tem viagem marcada para o Brasil. A empresa deve fazer sua estreia no país em 22 de junho ao lançar a rota São Paulo-Medelín — serão três voos semanais. Sua principal estratégia é oferecer preços mais baixos que os praticados no mercado, o que lhe assegurou um bom crescimento nos últimos anos. A Viva opera atualmente 45 rotas domésticas na Colômbia e no Peru e 11 internacionais para Estados Unidos, México e, no futuro, Brasil.

44%

dos brasileiros pretendem viajar nos próximos meses, segundo pesquisa realizada pela consultoria PwC. No mundo, o índice é de 31%.

As experiências que você adquire enquanto enfrenta e supera as adversidades são, na verdade, as suas maiores vantagens"

Michelle Obama,

advogada e ex-primeira-dama dos Estados Unidos

Rapidinhas

» A recuperação será em ritmo lento para os pequenos negócios. Segundo o índice IODE-PMEs, as empresas que se enquadram nesse universo (com faturamento de até R$ 50 milhões anuais) cresceram 7,7% em janeiro em relação a um ano atrás, mas o número está distante dos níveis pré-pandemia. O declínio da variante ômicron pode ser um alento.


» O TikTok aposta em novas frentes de negócios. A rede social chinesa, que já provocou estragos no Facebook, está agora testando vídeos com até 5 minutos de duração, o que a aproximaria do formato do YouTube. Segundo especialistas, vídeos longos aumentam as receitas com publicidade.


» As fronteiras do mundo abrem as portas para os viajantes. Os países que integram a União Europeia vão deixar de exigir testes de pessoas vacinadas contra a covid-19. As novas normas, que passam a valer em 1º de março, se aplicam às pessoas que completaram o ciclo vacinal há no máximo 270 dias ou se recuperaram da doença nos últimos 180 dias.


» Os créditos com garantia de veículo aceleram no Brasil. Segundo estudo da fintech Creditas, a procura por essa modalidade cresceu 105% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2021. "Temos visto a retomada da confiança do consumidor após praticamente dois anos de pandemia", diz Luana Bichuetti, VP de Auto Equity da Creditas.