Após registrar destaque anual em 2021, a arrecadação total do governo federal atingiu, em janeiro de 2022, o valor de R$ 235,321 milhões, registrando acréscimo real do Índice de preços no consumidor (IPCA) de 18,3% ante o mesmo mês de 2021. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23/2) pela Receita Federal. Somente em janeiro, o valor arrecadado foi de R$ 217,421 milhões, representando um acréscimo real (IPCA) de 14,66% — melhor desempenho arrecadatório para o mês desde 1995.
Segundo a Receita, o acréscimo observado em janeiro pode ser explicado, principalmente, por pagamentos atípicos de imposto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), pelo diferimento das quotas do IRPF que seriam pagas em 2021 e pelo comportamento das compensações efetuadas.
Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 9,19% na arrecadação do mês de janeiro de 2022. Esse desempenho pode ser explicado pelo comportamento da economia e pelo crescimento da arrecadação do IRPJ/CSLL, especialmente das empresas que fecharam seus balanços no mês de dezembro de 2021.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, durante participação em evento do BTG Pactual na terça-feira (22), que o Brasil registrou, em janeiro, um ganho real de 16% em arrecadação.
"A arrecadação sai agora, nos próximos dois dias. 16% de crescimento real, ou seja, continua o ritmo de crescimento de atividade forte", antecipou Guedes. Ele admitiu, contudo, que a escalada poderia ter sido maior. "Estamos saindo de 4,5%, mas poderia ter crescido 5,5% se não tivéssemos removido os estímulos fiscais e monetários."