A assembleia de acionistas da Eletrobras aprovou a privatização da estatal nesta terça-feira (22/2). O objetivo do negócio é reduzir a fatia da União de 70% para 45% e tornar a empresa uma corporação de capital pulverizado. A proposta teve apoio de acionistas privados, mas sindicatos ligados a empregados da Eletrobras protestaram.
Além da reestruturação societária, o governo aprovou a venda das ações da empresa em Itaipu por R$ 1,2 bilhão. Além disso, haverá a cisão da Eletronuclear, operadora das usinas nucleares de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. As duas companhias serão transferidas a uma nova estatal, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), criada para esse fim.
Com os recursos resultantes da venda de ações, a estatal deverá pagar ao governo, em até um mês, R$ 32 bi referentes à renovação das outorgas das usinas hidrelétricas que opera. Outros R$ 25,3 bi deverão ser pagos pela mudança em contratos que foram renovados.
A assembleia foi longa e chegou a ser suspensa algumas vezes para que a empresa respondesse aos questionamentos sobre os termos da operação. Uma das principais dúvidas foi sobre a avaliação da fatia da companhia em Itaipu.