O Banco Central (BC) registrou um saldo positivo de R$ 85,9 bilhões em 2021. O resultado positivo com reservas e derivativos cambiais, no valor de R$14,2 bilhões, foi destinado à constituição de reserva de resultados no Patrimônio Líquido do BC e o resultado com as demais operações, no valor de R$71,7 bilhões, será transferido ao Tesouro Nacional até 7 de março de 2022, conforme previsto na Lei nº 13.820, de 3 de maio de 2019. As informações são do Conselho Monetário Nacional (CMN), divulgados no final da tarde desta quinta-feira (17/2).
Em 2021, o BC estabeleceu novas operações junto às instituições financeiras, alinhadas às modernas práticas internacionais. São elas “Depósitos voluntários remunerados a prazo” e “Linhas Financeiras de Liquidez (LFL)”.
Os depósitos voluntários remunerados a prazo são instrumentos complementares de execução da Política Monetária. Em 31 de dezembro de 2021, o saldo era de R$7 bilhões. Já as LFL, são empréstimos garantidos por cestas de ativos financeiros, disponibilizados com a finalidade de atender às necessidades de liquidez das instituições financeiras. Elas envolvem tanto operações de liquidez imediata — com prazo até 5 dias úteis — quanto de liquidez a termo — com prazo até 359 dias corridos. O saldo em 31 de dezembro era de R$1 bilhão na operação a termo.
O balanço da instituição foi aprovado na tarde desta quinta, pelo CMN, que é um órgão colegiado presidido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e composto pelo presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e pelo secretário Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnagno.